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FONTE - imprensa@hnsg.org.br - em 28/05/2012
No Brasil, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a população de idosos já atinge cerca de 7 milhões. Esse aumento da expectativa de vida dos brasileiros, associados aos maus hábitos alimentares e o sedentarismo favorece a incidência de doenças cardíacas em idosos. Uma das doenças mais comuns é a estenose da valva aórtica, presente em 4,5% nas pessoas acima de 75 anos de idade.
A alteração na válvula dificulta a passagem do sangue do ventrículo esquerdo, causando falta de fôlego e cansaço, dor no peito e tonturas. Estes sintomas podem aparecer isolados ou associados.“Quando um paciente apresenta sintomas e não for submetido ao tratamento cirúrgico, sua sobrevida é baixa, ou seja, 62% em um ano e 32% em cinco anos”, ressalta o cirurgião cardiovascular e Diretor Médico do Hospital Nossa Senhora das Graças, Roberto de Carvalho.
O implante valvar aórtico transcateter (“TAVI” sigla em inglês) é um grande aliado para estes pacientes, pois dispensa a cirurgia convencional. Com o novo procedimento chamado de trans-apical, o cirurgião, faz uma pequena incisão abaixo do mamilo, deixando exposto uma pequena parte do coração e nele introduzido um cateter que contêm a prótese. “Com auxílio de radioscopia esta prótese é posicionada na posição ideal e depois expandida por meio de um balão”, explica o cirurgião. A duração completa do implante é cerca de uma à duas horas.
Uma outra alternativa é a incisão na região inguinal do paciente, que deixa exposta a artéria femoral. “Por esta artéria é introduzido o cateter, que no seu interior contêm a prótese de pericárdio, auto expansível - até o nível da valva aórtica calcificada”, explica o médico. A prótese é expandida com balão até ficar bem posicionada.
As técnicas são indicada para pacientes idosos e pessoas com doenças graves, como, por exemplo: insuficiência renal, hepática e enfisema pulmonar. “É indicado também para pacientes que já foram submetidos a troca de valva aórtica ou mitral no passado e que apresentam uma disfunção importante desta bioprótese com indicação para nova troca. Alguns pacientes não teriam indicação ou não suportariam uma nova intervenção convencional”, explica o cirurgião.
O procedimento é realizado sob anestesia geral e monitorado igualmente a uma cirurgia cardíaca e acompanhado por uma equipe multidisciplinar, entre: cirurgião cardíaco, anestesiologista, ecocardiografia, cardiologista e hemodinamicista. “O avanço técnico é indubitável pela segurança, diminuição da mortalidade e morbidade em casos muito graves”, destaca o Dr. Carvalho.