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Notícias


04/02/2015 - Idosos com supermemória

Do G1, em São Paulo


Idosos com supermemória têm cérebro característico, diz pesquisa.

 

Eles têm região do córtex mais desenvolvida do que indivíduos comuns.
Descoberta pode levar a novas estratégias para tratar demências.


(Foto: Image Source/Arquivo AFP) Idosos com supermemória tem características diferentes do cérebro de pessoas 'normais'

Diante de um grupo de idosos com memória excepcionalmente boa, pesquisadores americanos da Universidade Northwestern resolveram tentar descobrir se o cérebro dessas pessoas tinha algo de especial.


Esse grupo, batizado pelos cientistas de "Superagers" (algo como Superidosos), é composto por pessoas com mais de 80 anos de idade que ostentam uma memória similar à de jovens com idade entre 20 e 30 anos.


 

O estudo avaliou os cérebros de 31 "Superagers", que foram comparados com dois outros grupos: um composto por 21 indivíduos da mesma faixa etária com performance cognitiva normal e outro composto por 18 adultos mais jovens, entre 50 e 60 anos.


"Ou o cérebro dos 'Superagers' têm conexões diferentes ou têm diferenças estruturais em comparação a indivíduos normais da mesma idade", diz Changiz Geula, um dos autores do estudo e professor do Centro de Neurologia Cognitiva e Doença de Alzheimer. "Pode ser um fator, como a expressão de um gene específico, ou a combinação de vários fatores que oferece essa proteção."


Exames de imagem concluíram que os idosos bons de memória tinham uma região do cérebro chamada córtex cingulado anterior - indiretamente relacionada à memória - mais desenvolvida em relação aos idosos comuns e também em relação aos adultos mais jovens.


Os "Superidosos" também tinham 87% menos emaranhados neurofibrilares, lesões associadas ao Alzheimer, em comparação ao grupo de mesma idade. Eles ainda apresentavam uma quantidade muito superior de neurônios conhecidos como von Economo, ligados à inteligência social.


"Identificar os fatores que contribuem para a capacidade incomum da memória dos 'Superagers' nos permite oferecer estratégia para ajudar a população crescente de idosos 'nomais' a manter sua função cognitiva e guiar terapias futuras para tratar certas demências", diz a pesquisadora Tamar Gefen, também autora da pesquisa.

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