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Garantia de melhor qualidade de vida após os 60 anos é desafio para uma população com uma parcela cada vez maior de veteranos.
LUCIANO MORAES/ND |
Aos 83 anos, Lucinda Boehm mantém a rotina de diversas atividades diariamente, incluindo os ensina os ensinamentos para acadêmicos de direito. |
O aumento da expectativa de vida é um fenômeno mundial. E um dos efeitos, levando em conta ainda a redução dos índices de natalidade, é o envelhecimento cada vez maior da população. No Brasil, as estatísticas mostram que o país está deixando de ser jovem, com os idosos vivendo mais e representando uma parcela mais significativa entre as faixas etárias. Em 2000, os idosos (65 anos ou mais) eram 5,61% da população brasileira. Hoje representam 7,9% e a projeção, conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), é chegar aos 13,44% até 2030.
Em Santa Catarina, onde a expectativa de vida está acima da média nacional(78,1 contra 74,9 anos), a projeção é ainda maior: de 8% para 14,64% de catarinenses idosos em 15 anos. Joinville deve seguir esse cenário, apesar de não haver previsão específica para o município. Cerca de 9% dos habitantes da cidade – mais de 45 mil pessoas – são idosos, índice que praticamente dobrou em relação a 1980, quando Joinville tinha pouco mais de onze mil idosos – 4,7% da população à época.
Apesar de a longevidade ser um dos indicadores que contribuem na elevação do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) de cada país, mais pessoas vivendo mais implica em novas demandas para o Poder Público, ações pela promoção do envelhecimento saudável e garantia de condições favoráveis à qualidade de vida. Os desafios são ainda maiores para homens e mulheres acima dos 80 anos, que representam 12% dos idosos em Joinville. A estimativa do IBGE é que a população nessa faixa no Brasil continue crescendo mesmo depois que o número geral de habitantes sofrer redução.
Um dos três geriatras que atendem na rede pública em Joinville, Hercílio Hoepfner Junior, presidente da SBGG-SC (Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia – Secção Santa Catarina), observa que o Brasil não está preparado para a longevidade. “A população idosa está aumentando em número maior que as outras faixas. São pessoas que, geralmente, estão com muitas doenças, então tem um gasto maior com serviços de saúde em geral, medicamentos, internações, atendimento com vários profissionais”, disse. “Nós não estamos preparados para os nossos idosos porque não temos estrutura. Existem políticas públicas mas o problema é fazer com que elas cheguem até o idoso”, avaliou.