- 10/06/2017 - País não trata bem os seus idosos, alertam especialistas
- 04/06/2017 - Biblioteca ofecere cursos gratuitos para idosos
- 30/05/2017 - Vacinação contra a gripe continua esta semana e vai até 9 de junho
- 26/05/2017 - Dormir após o almoço traz benefícios para a saúde
- 21/05/2017 - 2,3 mil participam dos Jogos da Terceira Idade em Blumenau
- 16/05/2017 - As melhores cidades do Brasil para envelhecer
- 13/05/2017 - Idosos, trabalho e educação
Fonte: G1/São Carlos e Araraquara
Grupo de São Carlos (SP) criou a chamada 'Capoterapia' para terceira idade.
Atividade surgiu no Brasil na época da escravidão |
Um grupo de idosos de São Carlos (SP) passou a utilizar a capoeira como terapia. A capoterapia, nome dado à atividade pelos participantes, já fez com que muitos dos alunos conseguissem superar a depressão e problemas de saúde apenas com o exercício. Comemorado nesta segunda-feira (3) o Dia da Capoeira homenageia a arte trazida para o Brasil pelos escravos e que, aos poucos, se tornou parte de cultura do país.
Cada vez mais pessoas descobrem que para praticar a capoeira não importa a idade. Em uma roda de capoeira em São Carlos, os idosos encontraram um novo estímulo para aproveitar a vida. Todos têm mais de 60 anos e escolheram entrar no ritmo. Os idealizadores da iniciativa adaptaram o esporte para a terceira idade. As aulas de capoterapia buscam fazer exatamente o que o nome revela: terapia por meio da capoeira.
(Foto: Wilson Aiello/EPTV) |
“A capoeira significa mato ralo. Na época, os escravos, quando saíam para treinar, faziam no mato ralo e se tornou o nome capoeira. A capoterapia é todo o movimento da capoeira. Foram tirado alguns movimentos e adaptado para essa idade. Tudo mais suave”, explicou o capoeirista Antonio Zacarias da Silva, conhecido como Mestre Taroba.
Terceira idade
O esporte mudou a vida desses vovôs e vovós. “Os pés estavam querendo parar, o joelho muito dolorido, o quadril não mexia mais, pensei ‘espera aí, ainda tem muito pela frente’, então a capoterapia para mim foi um excelente remédio”, falou a dona de casa Marlene Perez.
A mistura de dança e luta traz a combinação perfeita entre música e esporte, símbolo da cultura brasileira. “Adoro ver, assistir e também lutar junto”, garantiu a aposentada Josefina Bertacini.
Aposentada superou depressão com ajuda da capoeira (Foto: Wilson Aiello/EPTV) |
"Aos 84 anos, a aposentada Edite superou a depressão com a atividade. “Me sinto muito bem, já faço há oito anos. Melhorou muita coisa na minha vida. Tenho problema de saúde, mas estou muito bem e sinto falta quando não consigo fazer. Eu era muito tímida, também me soltei um pouco. Gosto de cantar, bater palma, fazer a ginga, jogar, gosto de tudo. Venci a depressão. Agora é só alegria, não pode faltar. Pode chover, fazer sol, frio, que estou aqui”, afirmou.
Lúcia Giacomini também adorou entrar na roda. “Dessa eu não saio mais. Posso entrar em outras, mas dessa eu não saio mais”, garantiu.