- 10/06/2017 - País não trata bem os seus idosos, alertam especialistas
- 04/06/2017 - Biblioteca ofecere cursos gratuitos para idosos
- 30/05/2017 - Vacinação contra a gripe continua esta semana e vai até 9 de junho
- 26/05/2017 - Dormir após o almoço traz benefícios para a saúde
- 21/05/2017 - 2,3 mil participam dos Jogos da Terceira Idade em Blumenau
- 16/05/2017 - As melhores cidades do Brasil para envelhecer
- 13/05/2017 - Idosos, trabalho e educação
A falta de mão de obra qualificada e amplo conhecimento técnico na sua área de atuação vem tornando esse público mais atrativos.
Fonte - MÁRCIA RODRIGUES - O Estado de S.Paulo
Os idosos estão voltando ao mercado de trabalho com tudo. Pesquisa feita pela consultoria de recursos humanos Hays, aponta que 20% das companhias contratam profissionais aposentados. Desse total, 75% para cargos técnicos, 33% para a diretoria e 28% para a gerência. O motivo: falta de mão de obra qualificada, redução de custos e, principalmente, amplo conhecimento técnico.
"É comum as empresas, por questões estratégicas, optarem por trocar dois profissionais juniores por um sênior, que trará mais expertise para o negócio. Principalmente quando a companhia passa por um período de contenção de gastos e que precisa dar uma guinada no mercado", comenta o gerente de expertise da Hays, André Magro.
Segundo o especialista, principalmente as áreas técnicas como de engenharia e de finanças e comercial estão bastante interessadas nesse público. Magro estima que o mercado ficará ainda mais aquecido para os profissionais com mais de 60 anos nos próximos oito anos por causa do aumento da demanda.
"Com a situação econômica favorável ao Brasil, muitas empresas estão trazendo novos projetos para o País. E são projetos de longo prazo, que necessitam de mais gente. E mesmo com o volume de profissionais que se forma todos os anos nas universidades, haverá um déficit de mão de obra. Por isso, os aposentados e seniores serão muito requisitado. Além de dominarem perfeitamente a sua área, trazem resultados imediatos à corporação. Muitos, inclusive, voltam ao mercado como consultores", diz.
É o caso do contabilista da FBM Consulting, Osvaldo Cesarino, de 59 anos. Aposentado há seis anos, ele investiu em uma consultoria própria nos primeiros anos de "liberdade" e depois foi convidado pela empresa para voltar ao mercado de trabalho em 2011. Hoje, ele presta consultoria para os clientes da FBM e cumpre uma carga horária de oito horas por dia.
Atividade. "Gosto de ficar ativo. Tenho experiência e muito gás para queimar. Já trabalhei 12 horas por dia. Para mim o que faço hoje é tranquilo. É uma forma de complementar a minha renda mensal - afinal todos sabem do encolhimento dos salários com a aposentadoria - e me manter ocupado", ressalta.
Outro que não quer trocar a vida corporativa por nada é o consultor de recursos humanos da BDO RCS Nelson Moschetti, de 68 anos. Aposentado há 16 anos, teve pouco tempo de descanso antes de ingressar na empresa em 2001. Desde então, dedica boa parte do seu dia a desenvolver projetos de gestão para os clientes da empresa. "Meu xodó é o treinamento gerencial que ofereço para profissionais que ocupam cargos de chefia. Afinal, todo chefe precisa saber gerenciar uma equipe", comenta.
Para ele, além do complemento salarial, trabalhar é uma forma de se manter "antenado" e aprender. "Nunca podemos acreditar que não temos mais nada para conhecer. É muito gratificante ensinar aos jovens e trocar experiências com eles. Já aprendi muita coisa e vou continuar aprendendo", diz.
Continue lendo esta notícia no clicando link abaixo.